terça-feira, 29 de julho de 2014
Ft. by me

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Enquanto isso, num cruzamento movimentado, uma viatura policial parada e as duas criaturas acima da sociedade humana fardadas com os olhos presos ao aparelho eletrônico móvel (de última geração). Do outro lado da rua, criaturas em condição semi-humana com diversas camadas de roupas fingem um convívio pacífico enquanto aguardam uma luz verde se acender a alguns metros de suas cabeças. Na avenida movimentada, caixas de metal de diversos tamanhos, formatos e cores aceleram para vencer umas às outras, esquecendo que na próxima esquina ficarão paradas porque muitas delas resolvem se reunir no mesmo lugar em determinados períodos. Ao mesmo tempo, dentro do ônibus que atravessa o cruzamento para o outro lado, as pessoas se ausentam de sua condição momentânea e viram escravas de seus próprios pensamentos - até que alguém inicia um escândalo e todas se voltam ao exterior por um momento, como suricatos, apenas para presenciar um lapso diversificado de suas insossas rotinas.
[...]
terça-feira, 22 de julho de 2014


Quero ser um ninguém
Quero viver sossegado
Num cantinho isolado
Dar um adeus ao vaivém

É o que chamam de livre
Aquele que escolhe e vive
Tal sorte eu não tive

Mas um dia eu terei
E então farei
Tudo que desejei.
segunda-feira, 21 de julho de 2014


A lua vermelha
Me encarava espantada
Por que a pressa?, perguntou
Mas nem ouvi, foi ignorada

Olhe para mim, estou bonita, disse ela
Ignorei-a novamente, sou sincera
A lua então, num gesto egoísta
Se escondeu de minha vista

Eis que todos falavam da lua
E de sua beleza nua e crua
E eu, que a ignorara
Agora nada encontrara.
terça-feira, 15 de julho de 2014


É, eu pude ter certeza
Que os melhores poemas
Saem de um coração derrotado,
triste, partido ou quebrado

Se disfarçam nos versos
As tantas incertezas
Um tanto incoezas
Da mente exausta

Veja só, hoje estou feliz
E nada tenho a dizer
Num poema que, para mim
Já perdeu sua razão de ser
segunda-feira, 14 de julho de 2014


Estávamos nós conversando
Quando de repente percebo
Que o tempo é cruel
Porque passa tão rápido
Quando juntos estamos
E tão devagar
Quando distantes ficamos
E o frio se aproxima
Quando estamos separados
E o calor se alastra
Quando estamos grudados
E a saudade se esconde
Quando nos juntamos
Mas fica enorme como o mar
Quando nos separamos
Mas simplesmente faz parte

Sem isso não há arte

Não há a arte de amar-te.
quarta-feira, 9 de julho de 2014


Você sempre será uma incógnita
Daquelas que não tem solução
Bom, talvez eu é que não seja boa de matemática
Mas por isso mesmo
Me dê uma dica
Só pra eu ter alguma chance
De te desvendar

Não deveria ser ao contrário?
Eu gosto das coisas como são
Admito isso e não abro mão

Sinto-me com uma asa quebrada.
domingo, 6 de julho de 2014
Ft. by me


Os fios de cabelo
Vermelhos no sol
Se intercalam em minha frente
Limitam minha visão
Enquanto observo
Do alto
Com olhos vagos
Um pequeno fio verde
Que logo dá lugar ao céu
Azul invernal
Um tanto tropical
E só me separa dele
Um muro
E a falta de asas
sexta-feira, 4 de julho de 2014


Fantástico é
O poder da tecnologia

Que nos prende, nos move
E até nos dá bom dia
Um ser domesticado
Preso num quadrado
Puxado por um cabo
Quando abrir os olhos
Será como a fantasia
Enxergar com clareza
Tudo que já existia
Seu filho cresceu
Você nem percebeu
Seu pai morreu
Você nem flores deu
Numa ilha abandonada
No meio do nada
Lá está o que resta
De uma gente honesta

Que fantástico é
Viver sem a tecnologia.

Quem sou eu

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Capricorniana, mãe, fã da Disney, The Sims, rock, gatos, praia e sorvete de chocolate. Como moradora da grande metrópole paulistana, adora cinema e pizza, e não perde uma chance de assistir a um bom filme. Adora ser ela mesma, ler, relaxar, cantar, imaginar.
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