sábado, 27 de dezembro de 2014


Estou sufocando
E não há nada que eu possa fazer
Lentamente
Perdendo os sentidos

L
 e
  n
   t
    a
     m
      e
       n
        t
         e

Que agonia sufocar
Quando eu mesma me joguei ao mar
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014


Amo pois não tenho jeito
Já não importa toda a dor no peito
Escrevo pois não tenho juízo
Se o encontrar, enlouqueço
Canto porque o mal espanto
(mesmo que seja sozinha num canto)
E sinto pois é parte de mim
Coisa única que me torna assim
terça-feira, 23 de dezembro de 2014


Tudo se converge no meu coração
Palavras de fúria gerando solidão
Tristeza confusa derruba-me ao chão
Envolta no preto do luto a canção
Sonhos e desejos tornam-se ilusão
Tudo no véu de uma triste união
Que a tinta se apegue ao papelão
Que o choro se alie à reconstituição
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014


Choro lágrimas de sangue
Que encobrem toda a ternura
Mas o choro é uma enxurrada
Que leva toda a sujeira para o fundo do mar
Que leva tudo de ruim para outro lugar
E posso finalmente sentir o alívio
Da brisa pura no meu coração
segunda-feira, 29 de setembro de 2014


Abaixo de pequenos gigantes
Me encolho numa bolha imunda
E recordo meu passado recente
Que derrama sentimentos diversos
E revelam facilmente a verdade
Das sensações que então emergem
Da superfície da alma inocente
Que como uma criança se rende
E uma criança que se rende à sensação
Não ultrapassa os limites em vão
Mas é certo que já deixou de ser criança
Aquela que se prende a uma lembrança
domingo, 28 de setembro de 2014
Ft. by me


Mas é tudo tão bestial
Que a mente deveria mesmo resolver trucidar
Essas emanações do mais superficial besteirol humano
Que se instala entre imagens e textos
Ora politicamente sedutores e contraditórios
Ora altamente desprovidos de significação lógica
Deus, livrai-nos do mal alienante
Das redes da sociedade virtual insignificante
terça-feira, 16 de setembro de 2014


Por favor, me dê licença
Pra entrar na sua cabeça
E saber o que tem nela
Uma laranja amarela
Um pente sem dente
Uma luz fosforescente
Uma régua verde-água
Ou uma mesa sem tábua?

Nada disso faz sentido
Ou está bravo comigo?
Por querer entrar assim
Tão de repente,
em sua indecifrável mente?
terça-feira, 9 de setembro de 2014


Encaro a noite que, tão sábia, me observa
Eu, que sofro por pouco, mas com muito
Eu não tenho estrelas, não tenho lua
Só tenho a visão de você que me embaça
Se põe na frente de meus olhos e me embaraça
Mas na verdade é só a visão, pois você
Em toda a essência, seu real, não posso ter
No fundo tudo o que tenho sou eu mesma
E deve ser por isso que me odeia
Bem, é por isso que me odeio
domingo, 31 de agosto de 2014


Suas palavras me submergem
Como uma nuvem densa
Que guarda a luz do sol para si
Quero ouvir-te todos os dias
Dizer meu nome antes do "bom dia"
Olhar em meus olhos e sorrir
Como se estivesse olhando o céu
[O céu mais lindo que já viu na vida]
E quero fazer o mesmo com você
E encontrar entre nós nada
E juntarmo-nos em um só
Para celebrar a vida
sexta-feira, 29 de agosto de 2014


Dentro de uma leitura
Recordo a amizade tua
Que, ano após ano, se estende
E no tempo não se prende

Desde uma receita de cupcake
Até um filme de suspense
Madrugada adentro
Outra conversa invento

Nos entendemos por igual
Temos os mesmos gostos, e tal
E muitos planos a seguir
Que na vida vamos cumprir

E nem sempre encontramos a melhor palavra
Mas não significa que não há nada
Pois o que se sabe é o que se sente
E com seu apoio sigo em frente



---
Sei que não é suficiente, mas tá valendo. Obrigada por sua amizade e confiança Bel, pois mesmo longe podemos contar uma com a outra ;)
domingo, 10 de agosto de 2014


Esse tom
Nesse som
Esse céu
Nesse breu
Esse é você
Esse sou eu
Todo seu

--------
Grandes cabeças
Pensando pequeno
Pequenas pessoas
Engrandecendo
Um pequeno mundo
--------

Que vazio é esse?
Me pertence
Me preenche
Com sua imensidão

--------

Colorindo meu mundo
Com seu olhar profundo
E me consumindo
Com seu sorriso lindo
terça-feira, 29 de julho de 2014
Ft. by me

[...]
Enquanto isso, num cruzamento movimentado, uma viatura policial parada e as duas criaturas acima da sociedade humana fardadas com os olhos presos ao aparelho eletrônico móvel (de última geração). Do outro lado da rua, criaturas em condição semi-humana com diversas camadas de roupas fingem um convívio pacífico enquanto aguardam uma luz verde se acender a alguns metros de suas cabeças. Na avenida movimentada, caixas de metal de diversos tamanhos, formatos e cores aceleram para vencer umas às outras, esquecendo que na próxima esquina ficarão paradas porque muitas delas resolvem se reunir no mesmo lugar em determinados períodos. Ao mesmo tempo, dentro do ônibus que atravessa o cruzamento para o outro lado, as pessoas se ausentam de sua condição momentânea e viram escravas de seus próprios pensamentos - até que alguém inicia um escândalo e todas se voltam ao exterior por um momento, como suricatos, apenas para presenciar um lapso diversificado de suas insossas rotinas.
[...]
terça-feira, 22 de julho de 2014


Quero ser um ninguém
Quero viver sossegado
Num cantinho isolado
Dar um adeus ao vaivém

É o que chamam de livre
Aquele que escolhe e vive
Tal sorte eu não tive

Mas um dia eu terei
E então farei
Tudo que desejei.
segunda-feira, 21 de julho de 2014


A lua vermelha
Me encarava espantada
Por que a pressa?, perguntou
Mas nem ouvi, foi ignorada

Olhe para mim, estou bonita, disse ela
Ignorei-a novamente, sou sincera
A lua então, num gesto egoísta
Se escondeu de minha vista

Eis que todos falavam da lua
E de sua beleza nua e crua
E eu, que a ignorara
Agora nada encontrara.
terça-feira, 15 de julho de 2014


É, eu pude ter certeza
Que os melhores poemas
Saem de um coração derrotado,
triste, partido ou quebrado

Se disfarçam nos versos
As tantas incertezas
Um tanto incoezas
Da mente exausta

Veja só, hoje estou feliz
E nada tenho a dizer
Num poema que, para mim
Já perdeu sua razão de ser
segunda-feira, 14 de julho de 2014


Estávamos nós conversando
Quando de repente percebo
Que o tempo é cruel
Porque passa tão rápido
Quando juntos estamos
E tão devagar
Quando distantes ficamos
E o frio se aproxima
Quando estamos separados
E o calor se alastra
Quando estamos grudados
E a saudade se esconde
Quando nos juntamos
Mas fica enorme como o mar
Quando nos separamos
Mas simplesmente faz parte

Sem isso não há arte

Não há a arte de amar-te.
quarta-feira, 9 de julho de 2014


Você sempre será uma incógnita
Daquelas que não tem solução
Bom, talvez eu é que não seja boa de matemática
Mas por isso mesmo
Me dê uma dica
Só pra eu ter alguma chance
De te desvendar

Não deveria ser ao contrário?
Eu gosto das coisas como são
Admito isso e não abro mão

Sinto-me com uma asa quebrada.
domingo, 6 de julho de 2014
Ft. by me


Os fios de cabelo
Vermelhos no sol
Se intercalam em minha frente
Limitam minha visão
Enquanto observo
Do alto
Com olhos vagos
Um pequeno fio verde
Que logo dá lugar ao céu
Azul invernal
Um tanto tropical
E só me separa dele
Um muro
E a falta de asas
sexta-feira, 4 de julho de 2014


Fantástico é
O poder da tecnologia

Que nos prende, nos move
E até nos dá bom dia
Um ser domesticado
Preso num quadrado
Puxado por um cabo
Quando abrir os olhos
Será como a fantasia
Enxergar com clareza
Tudo que já existia
Seu filho cresceu
Você nem percebeu
Seu pai morreu
Você nem flores deu
Numa ilha abandonada
No meio do nada
Lá está o que resta
De uma gente honesta

Que fantástico é
Viver sem a tecnologia.
segunda-feira, 30 de junho de 2014


Me forço e esforço
É um conta-gotas
Em pingos, escorrem
As sílabas e sons
Porém, escritas
Aprisionadas no papel
Por entre as margens
Não se tornam nuvens
Tampouco flores ou sangue
Não têm poder
Como as suas
Talvez seja fácil entender
Talvez eu ainda precise aprender
Isso é só um rascunho
Afinal...


Sou uma folha de papel em branco
Mentira - já fui bastante escrita
E um pouco amassada e dobrada
Mas nunca rasgada ou amarelada
Ainda tenho algum respeito
Mas acho que estou mais para um livro
Com muitas páginas a serem escritas
E publicadas!
Outros diriam que sou uma carta,
Enviada para lá e para cá
Alguns diriam então que estou na web
Mentira - não sou virtual
Sou real, e bem real
Tenho até capa e manual
Mas não importa o que eu sou
Muito menos o que fui
O que importa é escrever
A história que por mim flui
sexta-feira, 27 de junho de 2014


E me dei a ler suas coisas
Com a expectativa de costume
E as coisas eram meio tristes
Mas talvez fosse só ciúme

E a incógnita do imaginário
Soa pior que a da verdade
Mas ao apertar o botão vermelho
Ela se esvai e cá a saudade

Tudo é puramente egoísmo
Até a vontade de um sorriso
E percorremos o mesmo rio
Na direção do eterno abismo
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Ft. by me


Exausta,
paro e penso
Por um breve momento
O que foi...
Bom, foi.
E volto a criar
Nada há de parar
Minhas mãos não param
Nem o meu corpo
Tudo se revira e não me espanto
O mundo se acaba e eu no meu canto
O que foi já foi, não há de parar
sábado, 14 de junho de 2014


Suas palavras me atingem
Como navalhas afiadas
Acha que tiraria de mim tanto sangue
Se a batalha fosse irrelevante?
As lágrimas e os suspiros
Jamais são por outra pessoa
Não me julgue tão certeiro
Meu olhar não é à toa
Diz que ele está distante
Mas só está olhando a proa
Do que se encontra adiante
E por isso ele sonha
Mas agora se enche de justas lágrimas.
quarta-feira, 11 de junho de 2014


Me sinto leve
Tão leve que poderia voar
Junto aos grãos de poeira
Que se mostram na luz do sol da manhã
Poderia flutuar como uma pluma
E ser levada pelo vento ao meu destino
Poderia ser livre
Mas o peso da minha alma
Por hora ainda me impede de voar...
segunda-feira, 9 de junho de 2014


É inegável que me faz bem
Como um vício, se mantém
Eu posso largar a qualquer momento
Mas não quero e te sustento
Nos meus braços te levo
Em teus braços, me elevo
Aquele momento que é tão rápido
Na verdade durou um dia inteiro
E tudo o que eu quis dizer
Foi levado por um suspiro
A culpa é sua pelo exagero
A culpa é nossa pelo apego
segunda-feira, 2 de junho de 2014


Os dedos buscam
As cordas cerrilhadas
Pelo tempo desafinadas
Os ouvidos buscam
O som das notas
Há muito não tocadas
O corpo inteiro
Em busca de algo
Da música a ser dedilhada
E o violão, solitário
Apenas esperando
Uma chance de cantar
sábado, 31 de maio de 2014
Ft. by me


Olho pra essa violência
Demência
O vaivém frenético
Patético
O guarda-chuva na mão
Sem-noção
O do dinheiro no bolso
Esforço
O do pé descalço
Palhaço
O do terno e gravata
Mamata
O sem blusa no frio
Vadio
O que assiste a televisão
Manipulação
O que tem de diferente?
Gente,
que pensa e sente.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Ft. by me


Um movimento
A peça se move
O quadro vira outro
Gira para a direita
Ela começa a tomar forma
Mais um giro, agora para baixo
Parece mais fácil
Faz uma sequência e a face está pronta
Mas ainda faltam cinco
Se esquece da fórmula
Parece mais difícil
Tenta a sorte e consegue
Ufa, essa deu certo
Mais um pouco
Está quase no fim
Mais algumas sequências
Tira de letra
Até que está perto do fim
Apenas um movimento e acaba
Mas não se lembra da fórmula
O suor escorre pela face
A derrota é iminente
Apesar da vitória aparentemente tão fácil de alcançar
Os olhos piscam
As sobrancelhas franzem
Um fio de cabelo se solta e cai no ombro
Ombro este tenso e rígido
Assim como as mãos,
trêmulas e gélidas
Os lábios apertados
Os dentes cerrados
A respiração funda
O nariz tensionado
A face enrugada
E o suor ainda a escorrer
Em volta do olhar determinado
Pela decisão tomada
É tudo ou nada
O movimento acontece, longo
Inseguro e errante
E no meio se perde, se acha
E se enrola
Todo o esforço
Pra que importa?
Apenas destruiu a obra
E voltou ao início
O jeito é tentar de novo


O som da guitarra
Estridente, raivosa, única
Junto ao ronronar do gato
Baixo, calmo, padronizado
E a água do chuveiro socando o chão
Com um forte jato, ora cai,
ora escorre despercebida para o ralo
Me distraem a mente, já ineficiente
E meu estômago pulverizado
Pelo stress corrente
[como a água do chuveiro]
E minha alma corrompida espiritualmente
E meu coração pulsante
fincado numa corrente
Ligada ao cérebro e à mente
Que, de repente,
Num adormecer entorpecente,
Nada mais sente...
segunda-feira, 12 de maio de 2014


Antes era escuro
Agora é claro
Antes era amargo
Agora é doce
Antes era fraco
Agora é forte
Antes era pouco
Agora é muito
Antes era baixo
Agora é alto
Antes era perigoso
Agora é seguro
Antes era difícil
Agora é fácil
Antes era maluco
Agora é mais ainda!
Antes era eu
Agora somos nós.
domingo, 11 de maio de 2014


Tempo, tempo
Me escute, por favor
Você insiste em passar
Sempre apressado,
Nunca cansado
Como se fosse maior que todos
E o responsável por tudo
Mas tempo, tempo
Você não é
Então passe mais devagar
Venha descansar,
Me cumprimente
Tempo, tempo
Você é como um velho sábio
E um adolescente arrogante
Que não responde por seus atos
Mas se faz presente e distante
Tempo, tempo
Seu temperamento
É mesmo angustiante
Quando menos se espera
Já se foi, viajante!


Sinto antes de pensar
Como se fosse um ato digno
Gostaria de saber se é
Mas meus movimentos são instintivos
Sou um animal domado
Pela cultura do pensamento apropriado
Se fosse para ser diferente
Que tivesse sido antes,
Se é que me entende
Mas na verdade somos todos bichos
Fingindo que seguimos um raciocínio
Só que fomos todos domesticados
Olhe este cerco em que estamos confinados
Que triste história para se contar
Enquanto o ser humano não parar para pensar...
sábado, 10 de maio de 2014


Um nó
Que se enlaça
Se abraça
A si mesmo
Se encaixa
Numa ponta, desmancha
A outra, não há
Uns fios se enroscando
Querendo fugir
Outros ficando
E a outra ponta não há
Um fio solitário toma a frente,
Desfiado
Outro retorna
Ao outro lado do nó
Um fio cai, derrotado
E a outra ponta não há
E o nó, apertado
Nada deixa escapar
Um fio vai para o lado,
com seus seguidores
Dois fios se enlaçam
Entre seus amores
Um fio pequenino
Nasce entre os dois
E olha para cima
E a outra ponta não há
Todos os fios,
Na sua bagunça
Se organizam e tentam
Então escapar
Uma força apenas
E o nó se desmancha
Mas de nada valeu
Pois a outra ponta não há.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Ft. by me


Observo a cidade
Como quem não faz parte
Como se fosse uma lembrança
De quando criança
                  A cidade não muda
                  Ela apenas se inunda
                  Com mais e mais verdades
                  Ou melhor, maldades
                                  Observo cada pessoa
                                  Como se estivesse na proa
                                  Do navio mais deserto
                                  No mar mais aberto
                                                   Do oceano mais profundo
                                                                    [Observo o mundo]
terça-feira, 6 de maio de 2014
Ft. by me


Já escrevi mil poemas hoje
Todos sobre você
Mas nenhum até agora
Aliviou meu coração.
Apertado de saudade,
Ele só pensa em te ver.
Mas as palavras não esvaziam
Tanto quanto um beijo

[Por favor, apareça
Antes do fim deste poema...
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Ft. by me


Hoje não é um bom dia para escrever um poema
Não vale a pena
Estou enferma - meu peito dói.
Veja só a cena
Que problema
Uma ponte de safena - meu peito dói
Continuo enferma
Com certeza plena
De que o motivo do edema
É te amar demais
domingo, 4 de maio de 2014
Ft. by me


Sinto que me afasto
Na mesma velocidade em que me aproximei
Sinto que me desfaço
Facilmente daquilo que abraço
Sinto que é apenas um passo
Para que tudo mude de vez
Sinto que meu descaso
Às vezes gera o espaço
Que me divide outra vez
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Ft. by me


Talvez você não sinta o mesmo
Suas preocupações devem ser outras
Somos muito diferentes
Mas minha vontade de te abraçar
É incoerente com a dúvida
Chega a ser agoniante
Não poder te alcançar
Nas horas mais necessárias
Chega a ser aterrorizante
A falta que sinto de você.
quinta-feira, 1 de maio de 2014


Sinto saudades
Daquelas viagens
Daqueles sabores
Daquelas pessoas
Daquelas músicas
Dos lugares que nunca fui
Com pessoas que não conheço
Saboreando comidas que detesto
E ouvindo músicas sem nexo
Saudades do resto
De um monte de algo que nunca tive.
quarta-feira, 30 de abril de 2014


Observo os móveis
Tão imóveis
Concretos, retos
Suas quinas
Parafusos
Tudo tão irreal
Tão maquinal
Padrão, simetria
Moldes
Números pares
E ímpares
Sua cor marrom
De madeira sintética
(porque a real é anti-ética)
Do metal reutilizado
Do furo milimetricamente ajustado
Do pó em sua superfície
Que se confunde com a imundície
De tudo que o ser humano faz.
segunda-feira, 28 de abril de 2014



Parece uma chama que não queima,
que apenas incomoda,
mas que não se pode apagar
E que não te pertence,
mas é sua
E que não se rende,
se consome,
e te consome,
e cresce sem parar.
sábado, 26 de abril de 2014
Ft. by me


A humanidade nos falta
Assim como o respeito
Assim como a consciência
Assim como a vontade
Assim como a ação de pensar
Assim como a ação de refletir
Assim como a ação de entender
Assim como a ação de escutar
E assim como a ação de enxergar
Portanto, tudo nos falta
E ao mesmo tempo nada
Porque valemos pelo que temos, não pelo que somos

Acho que eu não valho nada.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
First photo for the #100HappyDays Challenge!


Hoje farei um post um pouco diferente dos últimos que venho publicando por aqui, sem poesia! Mas é por um bom motivo. Outro dia minha querida amiga Bel me apresentou um projeto com uma proposta muito interessante: será que você consegue ficar feliz durante 100 dias seguidos? A resposta parece simples, mas o projeto resolveu fazer tudo de uma maneira mais criativa - se você participar, todos os dias precisa publicar uma foto do que te faz feliz, durante 100 dias seguidos!
Claro que eu, toda fotógrafa só que não, resolvi participar junto com a Bel, então vamos que vamos! Se vocês também quiserem participar (eu recomendo), é só acessar o site. Segundo ele, a maioria das pessoas falharam no desafio por não terem tempo. Não ter tempo pra ser feliz? Será que não tem pelo menos algum momento de cada um dos seus dias em que se sinta alegre? Bom, esse é o desafio. E no topo do post está minha primeira foto, de um quebra-cabeça que montei sozinha, com muito esforço, e gosto muito dele. Eeee! Acho que sou feliz demais... hahaha!

Um grande beijo!
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Ft. by me


A noite me cobre
E conta uma história
Às vezes uma canção
Ela é fria, mas aconchegante
E incoerente
Me faz fechar os olhos
E enxergar tudo
O dia passado, o dia futuro
Me faz sentir mais viva,
Mais alerta
Mais sentimental
Ela cai sobre alguns
Derramando estrelas
Inconsciente de sua beleza
Com o brilho da lua mais cheia
Boa noite, noite.
É tarde.
Vamos dormir...
terça-feira, 22 de abril de 2014
Ft. by me


O tempo que não parece passar direito
Que passa transformando
presente em passado
Passado este que se tornou pesado
Pesado por não ser processado
Processado e prensado
E então repensado
Como uma receita de assado
E então reaproveitado
E apossado no processo
Do representativo proprietário do progresso
Com acréscimos de empréstimos
E passagem pra Pasárgada
Procurada no recesso
Primeiramente, sucesso
Sumariamente, retrocesso
Princípio do processo que prescreveu o passado
Postado, apropriado
Psicologicamente psicografado
O suprassumo do procrastinado
O serelepe pescado
Plastificado, postergado
Principalmente pasteurizado
Postou o psiquiatra paralisado
Com o pneumotórax do soldado
Que pseudo possuía pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose
E passou bem para o além,
sucumbiu no espaço.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Ft. by me


Tenho tanta vontade
Vontade de fazer nada
Olhar para o alto
E enxergar uma nuvem
Sem ser enxergada
Ou ver o céu nublado
Livre de estrelas
Cinza, preto
ou laranja
ou vermelho
O céu de uma cidade
Que, tão longe do chão,
parece lindo

Mas quando paro de olhar o céu
Só consigo enxergar o inferno

Quem sou eu

Minha foto
Capricorniana, mãe, fã da Disney, The Sims, rock, gatos, praia e sorvete de chocolate. Como moradora da grande metrópole paulistana, adora cinema e pizza, e não perde uma chance de assistir a um bom filme. Adora ser ela mesma, ler, relaxar, cantar, imaginar.
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