terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Foto daqui


Quando a insônia se faz presente
Tudo ao redor se torna ausente
A luz que entra pela fresta da janela
Nunca foi tão forte e bela
O vento gelado que segue penetrando
Nunca foi tão suave e brando
A solidão que me espiava
Com um silêncio me amarrava
E eu apenas a janela olhando
Como um morcego a voar me imaginando

domingo, 20 de dezembro de 2015


Quando o mar sorri para o céu
Por entre as nuvens que disfarçam
A aurora alaranjada e única
Quando os pássaros alçam voo
Com seu planar esbanjando liberdade
Quando as ondas, uma a uma
Vão e voltam varrendo a areia
Quando a brisa traz a paz
Que acalma e refresca a alma
Onde tudo é parte de um
E um é parte de um todo
A beleza não está só nos olhos de quem vê

sábado, 28 de novembro de 2015


Um rio, um ribeirão
Uma doce ilusão
Às margens, um vão
Sem vida, sem razão

A poeira se abaixa
A água é escassa
Famílias sem casa
O que sobrou, numa caixa

O mar se esgotou
O céu se esgotou
A terra se esgotou
Esgoto é o que restou

sábado, 29 de agosto de 2015


Sob a névoa
Uma cidade
Faz da chuva
Necessidade
Caminho, sigo
Encontro abrigo
É a hora
Da verdade
Sob o céu
Da indiferença
Sob o frio
Minha sentença
Ninguém vê
Ninguém pensa
Ninguém crê
Negligência
Mascarado
E engessado
É o olhar
Ao meu lado
Vejo um ser
Abandonado
Sou o próximo
Condenado

terça-feira, 7 de abril de 2015
Antes só                   
        
          Do que com tua sina
                     Tua sina assassina
                                      Da qual sobra a resina
                             Que nos rastros ensina
      E tua marca assina

sábado, 4 de abril de 2015
O primeiro
Você não é
Nem o último
Não será não
Eu já sei disso
De antemão
Então sem crise
Sem perturbação
Sem essa coisa chata
De s2, amor, coração
Sem crise de riso
Sem aperto de mão
Coração ferido
Tão quebrado
Tão partido
E reconstruído
É como chão
Duro como pedra
Se doer aguenta
Mas vê se não esquenta
E não larga mão

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Foto daqui


Esquecer que existiu
Seria bom demais pra ser verdade
Esquecer que viu
Toda a sutileza da maldade
Esquecer que falou
Toda aquela barbaridade
Esquecer que duvidou
Da inocência e sinceridade
Esquecer que amou
E que agora só sobrou metade

domingo, 29 de março de 2015

Foto daqui


Por mais bonita que seja a vida
Ela nunca será colorida
Ela será sempre cinza
Enquanto não houver amor

Por mais bonita que seja a vida
Ela nunca será uma sinfonia
Ela será sempre silenciosa
Enquanto não houver amor

Por mais bonita que seja a vida
Ela nunca será uma poesia
Ela será sempre uma prosa fria
Enquanto não houver amor

Por mais bonita que seja a vida

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quinta-feira, 5 de março de 2015


Saudades de ter alguém
Pra compartilhar a cama
Pra dar um beijo e um abraço
E dizer que a ama

Saudades do conforto
De uma confissão sonolenta
De um sorriso único
Que só pra você se apresenta

Saudades do convívio
Da espera pelo fim de semana
Dos almoços de domingo
Daquela pequena chama

Que melancólica saudade
Da amada ex-cara-metade
terça-feira, 3 de março de 2015


Encarei o espelho
Essa aí sou eu
Mas sou eu do avesso
Bem diferente do eu

O eu do lado certo
Só eu conheço bem
É que pra ver o outro lado
É preciso enxergar além

Mas é bom ser do avesso
Assim tem uma desculpa
Pra quando te acharem errado
Dizer: veja bem, não tenho culpa

É só meu lado de fora
Porque o verdadeiro eu
Você vai conhecer agora
segunda-feira, 2 de março de 2015


As confissões que fiz
Levaram-me a lugar nenhum
E lá encontrei consolo
Pela perda por um triz

Confessei sozinha a mim mesma
Jamais houve lugar mais seguro
E mais recíproco
Do que o afundamento na própria alma

Pois dentro de mim existe um
É um todo, um complexo
Que se encaixa tão perfeitamente
Com a imensidão do exterior
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Ft. by me


Eu estava lá, no meio da rua, no meio dos carros. Observava. A noite é cruel para as criaturas que não se adaptam a ela. Na noite não há sombras - ela é a sombra.

Um homem apareceu em minha frente e disse, fixando os olhos em mim:

- Eu jamais vou cumprir a minha honra. Portanto, já estou morto.

Nunca mais o vi.

Mas será possível encontrar alguém nesta cidade? Me pergunto... Já que as únicas coisas que encontrei foram ganância e crueldade.

Caminhando numa ponte encontrei mais verdades escritas nas paredes do que nos livros que li. Encontrei mais liberdade e mais solidão.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015


Cegamente
Fui entrando
Na sua mente
Sutilmente
Fui deixando[-
-te] contente
Elegantemente
Aconselhei-o
Imponente
Pacientemente
Encontrei-o
Confidente
Estranhamente
Abandonei-o
Inconsciente
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015


Se arrependimento matasse
Eu estaria bem viva
Vendo aos meus pés os cadáveres
De bastante gente querida

Se arrependimento matasse
Te veria sorrindo
E sem perceber
A sua morte vindo

Se arrependimento matasse
O mundo seria bem cruel
Mas não é o arrependimento que mata
É cada um com seu papel

Se arrependimento matasse
Seria tudo igual
O remorso é o diabo
De quem carrega esse mal
sábado, 31 de janeiro de 2015


Como um gatilho
Fui puxada
E atirada
E acertei
Como uma bala
E explodi
E machuquei
E sangrei
Como um porco
E fui cortada
E fatiada
E vendida

E na embalagem ainda estava escrito
"Carne de segunda"...
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


Poesia bonita
Com palavras fortes
Metáforas e anáforas
E a musicalidade

Poesia bonita
Significado ambíguo
Sentimento em crise
Não existe fim

Essa não é minha poesia hoje
Não é minha poesia agora
Saiu por aí pra dar uma volta
Junto com alguns sentimentos

Espero que volte,
Poesia norte
Porque ficar sem escrevê-la
Não é bem meu forte
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Ft. by me


De uma paixão nasce uma flor
Que desabrocha em seu interior
Esta que não tem culpa de nada
E que floresce sem pensar na dor

Uma flor que pode ser tudo
Se criada com amor e carinho
Uma flor que pode inundar o mundo
Com o cheiro mais doce e puro

Que lindo é germinar a flor
Sem certeza e sem pudor
Que ela traga a razão do amanhecer
Que o mal não encontre este lindo ser
domingo, 4 de janeiro de 2015


Numa noite quente de verão
Às margens daquele ribeirão
Com um copo de whisky na mão
Entre as notas do violão
Foi tomada a decisão

Nada mais de tristeza
Muito menos de incerteza
Vou viver é com leveza
Nem me importo com riqueza
Simplicidade é a maior beleza
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015


Nas asas da incerteza
Libertei-me de ti
Encontrando abrigo
Nas árvores passadas

Mas não pude voar tão longe
Sem querer voltar para teu ninho
Pois sou um pássaro
E como todos os pássaros
Meu lugar é um só

Mas tu ainda não aprendeste a voar
Não com outro pássaro ao lado
E recusas ajuda
Como quem procura a morte

E neste dilema sigo meu voo
Dentro da gaiola das mágoas
Sempre te observando cantar
Esperando poder ao teu lado pousar

Quem sou eu

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Capricorniana, mãe, fã da Disney, The Sims, rock, gatos, praia e sorvete de chocolate. Como moradora da grande metrópole paulistana, adora cinema e pizza, e não perde uma chance de assistir a um bom filme. Adora ser ela mesma, ler, relaxar, cantar, imaginar.
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